domingo, 12 de junho de 2011

A verdade sobre a educação na Finlândia - 3

Uma das variáveis que mais contribui para a qualidade da educação na Finlândia é a existência de um consenso na sociedade e na classe política acerca dos professores: toda a gente considera que se deve confiar nos professores e valorizar a profissão docente.

A classe política não considera necessário avaliar formalmente o desempenho dos professores nem associar a progressão na carreira à classificação profissional. 


Não existe uma pressão entre os docentes pela progressão na carreira porque o leque salarial entre os que estão no início da carreira e os que estão no topo é menor do que em Portugal.

Os serviços de inspeção não amedrontam os professores nem lhes exigem que recolham evidências sobre o trabalho desenvolvido. A burocracia é quase nula e os professores preocupam-se apenas com o que fazem na sala de aula sem terem que desperdiçar tempo a elaborar relatórios e a preencher grelhas e questionários.

Os diretores e os professores mais experientes podem entrar na sala de aula e existe a prática de pedir feedback aos colegas. Essa abertura justifica-se porque não existe um sistema formal de avaliação de desempenho nem os professores estão a competir uns contra os outros por quotas ou vagas.

A seleção dos melhores estudantes faz-se apenas no final do ensino secundário. Há 3 tipos de instituições de ensino superior: as universidades de investigação, as universidades de ciências aplicadas e os institutos politécnicos. Só os alunos brilhantes têm acesso às primeiras.

Os institutos politécnicos não imitam as universidades. São escolas de formação profissional avançada para onde vão os alunos do secundário com mais inclinação para os estudos de natureza prática e vocacional.

O ensino é gratuito desde o pré-escolar até à Universidade. Nem os mestrados cobram propinas.

As crianças só entram na escola primária com sete anos feitos. A frequência do jardim-de-infância é optativa mas a oferta é universal.

A escolaridade obrigatória é de apenas 9 anos. Aos 15 anos de idade, os alunos optam entre cursos profissionais ou cursos de tipo académico.

Nenhum comentário:

Postar um comentário