domingo, 12 de junho de 2011

Um ensino superior orientado para a exportação

Portugal tem uma rede de instituições de ensino superior que, se for orientada para a captação de alunos estrangeiros, europeus, brasileiros e africanos, pode melhorar o potencial exportador do nosso país.

Dez por cento dos alunos das universidades públicas de Lisboa, Porto e Coimbra são estrangeiros. A grande maioria chegam até nós através do programa Erasmus. Há muito potencial de crescimento. Se seguirmos o exemplo das universidades norte-americanas de elite - Harvard, MIT, Princeton e Stanford - podemos chegar a 30% de alunos estrangeiros.



Há várias medidas que potenciam a captação de alunos estrangeiros: o ensino em Inglês é, provavelmente, a medida principal. Temos uma enorme vantagem competitiva face às universidades da Catalunha e do País Basco onde o ensino se faz respetivamente em Catalão e em Basco. Poucos estudantes europeus se sujeitam a estudar numa universidade que tem como língua de ensino o basco ou o Catalão.

Quanto maior for a massa crítica das universidades e institutos politécnicos mais capacidade têm para atrair estudantes estrangeiros. A fusão de universidades e de institutos politécnicos serve esse propósito para além do objetivo da redução da despesa por via da diminuição dos cargos de chefia. Pequenas universidades e politécnicos regionais, com escassa massa crítica e fraca presença na investigação internacional, não têm força para se imporem nas redes europeias de ensino superior.

Portugal tem, além do mais, uma riqueza patrimonial e natural ímpar, um Povo acolhedor e um custo de vida mais baixo do que os países da Europa do Centro e do Norte. Estudar em Lisboa, Porto ou Coimbra é mais acessível para os estudantes da Europa do Leste do que a opção por uma universidade alemã, britânica, francesa, italiana ou holandesa. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário