domingo, 12 de junho de 2011

Nem estudam nem trabalham

As "acampadas" em Madrid, Barcelona e Valência, bem como as iniciativas semelhantes que ocorrem na Praça do Rossio, em Lisboa, são deveras perturbadoras.

Dezenas de milhares de jovens espanhóis e várias centenas de jovens portugueses ocupam há quase uma semana, dia e noite, praças emblemáticas, pernoitando nelas em condições precárias e ocupando os dias a realizar meetings e votações de braço no ar.


O que leva estes jovens a desperdiçaram dias e noites em longas discussões e votações que não têm qualquer préstimo nem consequência?

Estes jovens têm razões para estarem descontentes com os políticos que governaram o país nas últimas décadas. Mas não é exigindo mais do mesmo que os problemas se resolvem.

As propostas aprovadas de braço no ar por escassas dezenas de jovens insistem no agravamento das condições que conduziram o país à bancarrota e a uma taxa de desemprego juvenil que ronda os 40%.


Mais impostos, mais interferência do Estado na sociedade, na economia e na vida das pessoas só afasta o investimento. Sem investimento não há criação de emprego.

Alguns destes jovens não estudam nem trabalham. Desperdiçam tempo e energia. Por que razão não concentram o descontentamento e a raiva em atividades produtivas? Aprender inglês, por exemplo. Emigrar. Fazer um novo curso que tenha maior empregabilidade. Criar um pequeno negócio.

Estes jovens pedem mais Estado, empregos seguros e democracia participativa. Ingredientes que levam qualquer país ao desastre.

Ver jovens de vinte anos que desistiram da vida, que são incapazes de dar vida aos projetos, que se deixaram vencer pela desesperança e indolência é algo de muito perturbador. Mas é também um sinal do fracasso da nossa educação e das políticas económicas e sociais das últimas décadas.


Estes jovens são as principais vítimas das políticas inimigas da criação de riqueza. Só com políticas amigas do investimento, das empresas e dos negócios é possível criar esperança para estes jovens. Infelizmente, o que eles exigem na acampada da Praça do Rossio é exatamente o contrário. 

Os melhores emigram e fazem muito bem. O país, tal como está, não se recomenda.
 

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