domingo, 12 de junho de 2011

PSD teve 10 ministros da educação entre 1976 e 2011. O PS teve 7 ministros

O PSD teve dez ministros da educação entre 1976 e 2011. Foram eles:

Valente de Oliveira; Vítor Crespo; José Augusto Seabra; João Deus Pinheiro; Roberto Carneiro (independente, na altura ao que julgo a militar no CDS); Diamantino Durão; Couto dos Santos; Manuela Ferreira Leite; David Justino; Maria do Carmo Seabra. Com exceção de Vítor Crespo e José Augusto Seabra, grandes homens de cultura e de grande valor político, que ocuparam a pasta da educação nos anos 80, todos os outros tiveram um desempenho medíocre. Houve mesmo grandes erros de casting como a nomeação de Maria do Carmo Seabra no governo chefiado por Santana Lopes. Roberto Carneiro foi um caso à parte: capaz do melhor e do pior. Difícil de adjetivar.



Não admira, por isso, que o PSD seja pouco popular entre os professores. Não pode falhar desta vez. Tem de governar em diálogo, sem comprar guerras que desgastam e desmotivam os professores. 

O PS deu apenas sete ministros da educação: Sottomayor Cardia; Marçal Grilo (independente, nomeado pelo PS); Guilherme de Oliveira Martins; Santos Silva, Júlio Pedrosa (independente nomeado pelo PS); Maria de Lurdes Rodrigues (independente nomeada pelo PS); Isabel Alçada (independente nomeada pelo PS).

Vai o PSD encontrar o homem ou a mulher certo (a) para ocupar a pasta da educação? Ou vai perder uma nova oportunidade de se reencontrar com os professores? O PSD só pode ser o partido das classes médias se não afrontar o maior grupo profissional do país e aquele que mais alimenta a classe média.

Para que tal aconteça, o PSD terá de buscar o diálogo e procurar o consenso. Tomar medidas que sejam devidamente testadas antes de serem generalizadas. Dar autoridade aos professores, aumentar o rigor na avaliação doa alunos, pôr fim à avaliação de desempenho entre pares e colocar, de novo, a representação dos professores nos conselhos gerais no nível que os professores merecem. E sobretudo não fazer propaganda com a educação nem manipular politicamente as escolas.

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