terça-feira, 26 de julho de 2011

Nuances preciosas da linguagem

E, de repente, os atentados na Noruega deixaram de ser acções terroristas, e passaram a ser atentados da extrema-direita. Respirei de alívio. Uff…

Então, está bem. Quando as mortes são provocadas por gente de pele clara e, eventualmente, de olhos azuis, a coisa já não é assim tão grave. Pelo menos, de terror não têm nada.

Entretanto, na Líbia, sete explosões (que linda nuance da linguagem!) fizeram-se ouvir, durante a noite, em zona residencial onde é suposto viver Kadaffi. Aqui, também não há terror nenhum. Quando as explosões não são provocadas por um carro armadilhado, ou por explosivos amarrados à cintura, mas por sofisticados aviões da NATO, tudo é perfeitamente legítimo e, principalmente, democrático. E o sangue, ossos e carne espalhados em virtude das explosões, são, apenas «efeitos especiais» - perdão: efeitos colaterais. Aconteceu, paciência. Vítimas? Se houve, eram todas escuras….

Por outras palavras:

-As bombas brancas, enfim, são coisas que acontecem;

- As bombas escuras, são coisas terríveis;

- O sangue dos brancos, é mesmo sangue;

- O sangue dos escuros, é uma coisa avermelhada e viscosa;

- Os brancos, podem sempre bombardear os escuros;

. Os escuros são terroristas, se bombardearem os brancos;

- E, principalmente: os brancos podem sempre ir à terra dos escuros buscar as coisas  engraçadas que eles têm lá. Chama-se a isso desenvolvimento, progresso e, muitas vezes, ajuda humanitária.

Eu gosto muito de ser branco.

E assim vai o mundo, como dizia o outro…

 João Carlos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Castilho dá porrada no Ramiro e no Nuno


Um dos partidos a cujo Governo Nuno Crato pertence, no caso o PSD, tem um extenso documento, que escrevi, sobre o curriculum do básico, se é que a purga de Maio não o queimou. O Professor Ramiro Marques confunde os seus leitores ao tentar demonstrar que errei, quando refiro que a adaptação é a recuperação do diploma que a AR inviabilizou (com o beneplácito do PSD). Não digo que é igual. Digo que é a recuperação da visão de Isabel Alçada. E é. Dela e de Maria de Lurdes Rodrigues. Até a questão do par de EVT, cuja diferença eu realço, é invocada, em jogo de cintura, como se eu a não tivesse referido. Para discordarmos, o que é salutar, não precisamos de manipular a nosso favor o que os outros escrevem. O rigor é exigível, minimamente exigível. 

Não tenho a certeza que mais tempo para Matemática e Língua Portuguesa não contribuirão para melhorar os resultados. Tenho é a certeza de que a iniciativa certa está longe de ser a mesma para todo o país. Isso é o que defendo no meu artigo e o Professor Ramiro Marques ignora. Verifico é que, com menos horas, há alunos que conseguem notas altíssimas, 20 mesmo. Sei, e sabe qualquer professor de sala de aula, que mais horas são inadequadas para muitos. Sei é que os milhares de horas do PAM e do PNL não deram, aparentemente, grandes resultados. Como não deram as horas a mais que já derivavam do Estudo acompanhado. Sei é que a Pedagogia é eminentemente especulativa e que nenhum decisor político maduro pode decidir sem considerar a opinião dos que estão no terreno. Defendi, defendo e continuarei a defender isso, até concluir que estou errado. Ser-me-ia grato que colocasse à apreciação dos seus leitores este meu esclarecimento.

Com os meus cumprimentos,Santana Castilho

domingo, 24 de julho de 2011

Janis Winehouse sobre a filha: "Ela parecia fora de si"

Mãe da cantora contou a jornal inglês sobre os últimos momentos ao lado da filha famosa
QUEM online; Foto Getty Images
  Getty Images
Janis conta sobre os últimos momentos ao lado da filha, na sexta-feira (22)
Janis Winehouse, mãe de Amy Winehouse, contou em entrevista ao jornal inglês "Daily Mail" que a morte da filha "era uma questão de tempo". Ela também relatou como foram os últimos momentos ao lado da cantora, com quem esteve 24 horas antes de sua morte, no sábado (23). "Ela parecia completamente fora de si. Não consegui digerir ainda sua morte assim tão de repente", disse Janis, que contou ainda que ela e a filha passaram uma tarde agradável na sexta-feira (22). "Ela me disse 'eu te amo, mamãe' quando fui me despedir. São palavras preciosas que me farão sempre lembrar de Amy."
Mitch Winehouse, pai de Amy, estava em turnê em Nova York quando ficou sabendo do ocorrido. De acordo com a publicação, apesar de ter ficado arrasado com a morte da filha ele admitiu que tentará ser forte por amor à ela. "Estou voltando para casa. Eu tenho que estar com Amy. Não posso desabar por causa dela. Minha família precisa de mim."
Neste domingo (24), a família de Amy Winehouse divulgou um comunicado à imprensa em que lamenta a morte da cantora e pede privacidade. "Ela deixa uma lacuna em nossas vidas. Ela era uma sobrinha, irmã e filha maravilhosa. Estamos nos reunindo para lembrar dela e gostaríamos de privacidade e espaço neste momento terrível."
ENTENDA O CASO
A cantora foi encontrada morta em sua casa, em Camden, Londres, na tarde de sábado (23). Apesar de ainda não ter sido divulgada a causa da morte especula-se que ela tenha acontecido em função de uma overdose de drogas e álcool. Uma fonte contou ao "Daily Mail" que Amy comprou cocaína, heroína, ecstasy e ketamina (utilizada como tranquilizante para cavalos) na noite anterior a sua morte. "Até este momento o caso vem sendo tratado como sem explicação e não aconteceram prisões que estivessem ligadas ao episódio", disse um porta-voz da polícia em comunicado.
A necrópsia do corpo de Amy Winehouse deverá ser feita apenas na segunda-feira (25). De acordo com a imprensa britânica, o funeral pode acontecer na terça-feira (26), assim que os trabalhos da perícia forem concluidos. Amy tinha um forte histórico de problemas com drogas e álcool e já havia sido internada inúmeras vezes em clínicas de reabilitação. Em junho, ela precisou suspender sua turnê pela Europa por conta de sua saúde debilitada e por não conseguir concluir as apresentações.